Bichos de estimação também podem participar das férias, saiba como

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Transporte de cães e gatos tem diferentes regras para ônibus, aviões e carros, que variam conforme a empresa prestadora do serviço. Animais precisam estar com a vacinação em dia.

Os donos de cães e gatos que não querem se separar dos bichos de estimação nas férias precisam ficar atentos a uma série de regras para o transporte de animais. Para embarcar em ônibus e aviões é exigida a carteira de vacinação do bicho e a Guia de Trânsito de Animais (GTA), fornecida pelo Ministério da Agricultura. Já em carros de passeio, o Código de Trânsito Brasileiro proíbe o transporte de animais na caçamba dos veículos ou junto com o motorista.

Para os animais de até seis meses de idade, a emissão da GTA é feita depois da apresentação de um atestado de saúde emitido por um médico veterinário. No caso de cães e gatos com mais de seis meses é preciso a comprovação da vacina anti-rábica. A dose deve ter sido aplicada há mais de 30 dias e menos de um ano. Com a documentação, o dono do animal vai até o Ministério da Agricultura para a emissão da GTA. Já os animais silvestres só podem ser transportados com autorização do Ibama.

Ônibus

Para levar o animal de estimação no ônibus, antes de comprar a passagem, é preciso consultar a empresa. Atualmente, 35 empresas de transporte prestam serviços na Rodoferroviária de Curitiba (veja a lista completa da empresas). Algumas delas não permitem o transporte de animais e outras exigem que ele seja levado no bagageiro.

“Se a pessoa, ao embarcar, deixar de apresentar a documentação exigida, estará impedida de transportar o animal até que regularize a situação, da mesma forma como acontece com crianças ou adolescentes cuja documentação também deve estar em dia”, explica Jair José Carvalho, administrador do terminal.

Avião

Os animais domésticos podem ser transportados em aeronaves tanto no compartimento de bagagens quanto na cabine de passageiros. A empresa TAM exige que, antes da viagem, o proprietário faça uma reserva na central de atendimento da empresa.

Para proteger o animal durante o trajeto, ele tem de ser abrigado em uma caixa de viagem, que deve ser de material resistente, livre de saliências ou protuberâncias que possam machucá-lo, à prova de vazamento, no qual haja espaço suficiente para que consiga dar uma volta completa em torno de si mesmo. As empresas não fornecem o equipamento.

Segundo a TAM, os animais são acomodados abaixo do assento da frente ou embaixo das pernas do próprio passageiro na cabine. Os de maior porte, viajam no compartimento de bagagem. Por determinação do Ministério da Agricultura, os animais não devem ser sedados.

A Gol exige que a solicitação de embarque seja feita com no mínimo duas horas de antecedência. O valor para transporte segue o tarifário de carga e depende do trajeto. Na empresa, os animais viajam em compartimento separado.

Para embarque internacional é necessário o CZI (Certificado Zoosanitário Internacional), emitido também pelo Ministério da Agricultura. O documento é fornecido gratuitamente e pode ser obtido nos aeroportos internacionais com a consulta do médico veterinário do ministério. A validade deste certificado é de três dias.

Também é permitido o transporte de cão treinado para conduzir deficiente visual ou auditivo na cabine de passageiros. O passageiro deve apresentar atestado de saúde do animal.

Carro

Para a viagem de carro, o que vale é o bom senso. O Código de Trânsito Brasileiro faz apenas duas restrições ao transporte de animais. O artigo 235 proíbe que sejam levados na parte externa do veículo, caçambas ou carrocerias. O descumprimento é considerado uma infração grave e resulta na perda de 5 pontos na carteira e multa. Já o artigo 252 diz que animais não podem ser transportados entre os braços, pernas ou à esquerda do motorista. A infração é média, com perda de 4 pontos e multa.

Segundo o inspetor Fabiano Moreno, da comunicação social da Polícia Rodoviária Federal (PRF), um animal solto dentro do carro pode resultar em um acidente. Ele lembra que o grande movimento das estradas no período de férias pode deixar o animal estressado. “Muito tempo dentro do carro, com som de buzina, o animal pode até atacar o dono. E na estrada, qualquer distração pode ser fatal”, afirma.

O recomendado é levar o bicho de estimação em uma caixa de viagem, onde ele ficará seguro e confortável. Também existem grades de segurança que restringem os animais a parte traseira do veículo e cintos de segurança para cães.