Confira os bichos mais visitados do zoológico

Está sem fazer nada? Convença um adulto a levá-lo ao Zoológico de São Paulo. É pertinho e um dos programas mais legais para as férias. Lá vivem cerca de 3.200 animais de 300 espécies. Os felinos são os que mais chamam a atenção do público por sua beleza. Mas nem sempre é fácil encontrá-los durante o dia. Como têm hábitos noturnos, é melhor deixar para passar pela área deles no fim da tarde. Aliás uma boa pedida é participar da visita noturna, ocasião em que é possível observá-los mais de perto, conhecer seus hábitos e ouvir

Os rugidos, acompanhado de monitores. Os grandões também são os campeões de visitação, bem como os macacos, que são os mais peraltas do lugar. A girafinha Safira é atração à parte. Nasceu com 1,75 m e cresceu muito. Com três meses, já tem quase a metade da altura da mãe. Conheça a seguir um pouco sobre os dez bichos mais visitados do parque.

Hipopótamo – O Hipopotamus amphibius passa quase o dia todo dentro da água e à noite sai dos rios para se alimentar. É herbívoro, devorando até 40 kg de vegetação de uma vez. Pesa cerca de 4.500 kg, sendo o terceiro maior mamífero terrestre do planeta. O filhote nasce com 30 kg, depois de gestação de 240 dias (oito meses). Apesar da aparência tranquila, é perigoso. Ataca para defender seu território e proteger os filhotes. Apesar de grandão, é muito ágil. Produz uma secreção, como suor, que depois fica vermelha e serve para proteger a pele do sol, porque vive em regiões muito quentes. Marca seu território com cocô e agita a cauda sobre o monte para melhor espalhá-lo. No Zoológico de São Paulo há três fêmeas. Uma delas, a Teteia, é o animal mais velho de lá. Tem a mesma idade do parque, 52 anos. Já passou por dez gestações.

Lobo-guará – O lobo-guará (Chrysocyon brachyurus) é bem diferente dos demais integrantes da família canidae. Tem pelo laranja-avermelhado, orelhas pontudas, patas alongadas e jeito desengonçado de caminhar. Enquanto a maioria dos lobos vive em bando, é agressiva e só come carne, o guará é solitário, tímido e come de tudo, como pequenos animais e frutas. Habita o cerrado brasileiro e corre risco de extinção, por causa da destruição do habitat e por ser caçado pelos fazendeiros para evitar que ele ataque as galinhas quando não encontra comida.

Anta – A anta (Tapirus terrestris) é o maior mamífero terrestre brasileiro. É robusta, com 1,20 m de altura e 300 kg. Tem olhos pequenos e um tipo de crina, mas a característica mais marcante é a narina longa e flexível, que parece tromba. Possui hábitos noturnos, porém também exerce atividades diurnas. Come variedade de folhas, frutos, brotos, caules, espalhando sementes por onde passa por meio do cocô. Apesar do tamanhão, é ágil e quando se assusta corre em direção à mata ou salta na água, sendo excelente nadador. É solitária e só procura parceiro na época reprodutiva, emitindo alguns sons para localizá-lo. A gestação dura 13 meses e nasce um filhote. O bebê é bem diferente; a pelagem marrom tem manchas e listras brancas ou amareladas, que somem depois.

Macaco-barrigudo – O macaco-barrigudo (Lagothrix lagotricha) tem esse nome por apresentar barriga saliente, mas, apesar disso, é musculoso e ágil, podendo saltar de uma árvore para outra. Vive na Floresta Amazônica, onde come de tudo, sementes, flores, néctar, insetos, pequenos animais e frutas. Tem o corpo revestido por pelos e longa cauda chamada de preênsil, capaz de ajudá-lo a apoiar seu corpo e pendurar-se nos galhos. Vive, em média, 24 anos, sempre em grupos de cerca de 30 indivíduos. O macaco-barrigudo é um animal de hábitos diurnos que pode emitir sons para se comunicar com os companheiros. A destruição de florestas e a caça predatória, além da venda de filhotes como bichos de estimação, são as principais ameaças a esta espécie de primata.

Leão – Chamado de rei dos animais por causa da juba, o leão (Panthera leo) é o maior felino da savana africana. Só o macho tem juba, que serve para protegê-lo nas brigas e para atrair as fêmeas. Acredita-se que elas preferem as maiores e mais escuras. Vive em grupos formados por várias fêmeas, filhotes e um ou poucos machos. As tarefas são divididas: os machos defendem o bando e o território, as fêmeas cuidam dos filhotes e caçam para todos. Esse felino não é perseguido por nenhum outro animal, alimentando-se de zebras, antílopes, veados e girafas. Tem excelente audição, longas garras e caninos pontudos. Vive em média 20 anos. O macho chega a pesar 250 kg. Está ameaçado de extinção pela destruição das matas, só vivendo livre em parques e reservas.

Onça-pintada – Considerada o maior felino das Américas, a Panthera onca pode pesar 130 kg. No Brasil está espalhada por vários habitats, de florestas como Amazônica e Mata Atlântica a ambientes abertos como pantanal e cerrado. Vive solitária e só é encontrada aos pares em época de reprodução ou enquanto a fêmea está cuidando dos filhotes. Tem mais atividade à noite, mas dependendo da oferta de alimentos também pode caçar de dia. A característica física mais marcante da onça-pintada é a pelagem dourada, com muitas manchas chamadas rosetas. Por causa disso, foi muito caçada para fazer casaco de pele.

Sucuri-verde – A temida anacônda é a sucuri-verde, a segunda maior serpente do planeta, com 9 m e 150 kg. Apesar da fama de assassina, só ataca o homem se sentir-se ameçada. Carne humana não está entre as suas preferidas, já que ela não nos reconhece como presa. Não é venenosa, como a maioria das serpentes gigantes. Ela captura as presas e as mata por constrição, ou seja, enrola seu corpo na vítima e comprime com força até ela não conseguir mais respirar. A sucuri é excelente nadadora, passando grande parte do tempo na água, onde tem mais agilidade para caçar. Alimenta-se de aves aquáticas, roedores, lagartos, capivaras, veados e até jacarés. Vive na América do Sul, sendo mais comum no Brasil em áreas alagadas do Pantanal, onde encontra muito alimento e temperatura agradável. Como é réptil, não consegue controlar a temperatura do corpo como os mamíferos. Como o nome diz, o corpo é verde-escuro, com manchas pretas nos olhos e narina.

Tigre-branco – O tigre-branco não é albino (diz-se de quem não tem pigmentação na pele) como muitos pensam nem subespécie separada. É uma variação do tigre-de-bengala (Panthera tigris tigris), considerado raro. Tem olhos azuis e pelagem branca com listras cor de chocolate. O filhote também nasce assim, depois de gestação de cerca de 100 dias. Fica com a mãe por cerca de oito meses. O adulto pode pesar 250 kg e medir até 2,6 m da cabeça à cauda. Alimenta-se de mamíferos de médio e grande portes como cervos, porcos selvagens e búfalos. Vive solitário e precisa de área de cerca de 150 quilômetros quadrados para explorar, caçar e encontrar abrigo. É um dos felinos mais ameaçados de estinção por causa da caça e destruição das matas. A maioria dos tigres-brancos vive em zoológicos ou parques especiais, já que ele tem dificuldade para se camuflar em liberdade devido à coloração dos pelos. No Zoo de São Paulo há três tigres-brancos – Baboo e Tainá, casal de irmãos que veio da França, e Titan, macho trazido da Argentina. Vive, em média, 20 anos.

Elefante – Considerado o maior mamífero terrestre do planeta, o elefante-africano pode chegar a 7.000 kg; o filhote já nasce com mais de 100 kg depois de gestação de 20 a 22 meses. Tem enormes presas, como dentes, que saem da boca chamadas marfim. A caça do animal para retirada do marfim e a destruição do habitat ameaçam a sobrevivência da espécie na natureza. A longa e flexível tromba serve para respirar, farejar, brigar, se comunicar, sugar água – chupa a água e depois a joga dentro da boca – e até para pegar comida e objetos. A cor do pelo varia do cinza ao marrom-avermelhado dependendo da cor do solo onde vive. Adora tomar banho de lama para proteger a pele de insetos e do sol. Come de 70 a 150 kg de folhagens e frutas e bebe de 80 a 100 l de água por dia. Há duas espécies, o africano e o asiático, de acordo com o local onde vive. O do zoo paulista é africano.

Girafa – A girafa é uma das grandes atrações de todos os parques. Isso ocorre porque esse mamífero é o animal mais alto do planeta. A fêmea chega a 4,3 m e o macho a 5,3 m de altura. Seu longo pescoço só tem sete vértebras cervicais, a mesma quantidade de ossinhos do pescoço humano. Vive em grupos de cerca de 15 indivíduos. Caminha bastante e é veloz; numa corrida, atinge a velocidade de 56 km/h.

Faz parte de um grupo de animais chamado de ruminantes, ou seja, tem quatro estômagos, como a vaca, que regurgita a comida de volta do estômago à boca, mastigando-a de novo. Usa a longa língua de 45 cm para arrancar folhas das árvores; a preferida é a acácia. Come depressa grande quantidade para fugir dos leões. Para se defender, dá violentos coices. O macho usa os cornos, que parecem anteninhas, para atingir o adversário da mesma espécie, quando também trocam cabeçadas e coices. É o animal mais atento do mundo, dormindo só duas horas por noite, em pé ou ajoelhado e com o pescoço apoiado.

A gestação dura média de 420 dias (14 meses), nascendo um filhote, raramente dois. O bebê mede cerca de 1,70 m e pesa 50 kg. Vinte minutos após o parto, já se levanta. A mãe cuida dele intensamente por uma hora, lambendo-o todo para que a siga e fuja dos predadores. O leopardo está sempre de olho nos filhotes. Seu nome científico é Giraffa camelopardalis.

Fonte: Diário do Grande ABC