Viajar: cerca de mil hotéis aceitam animais em 17 Estados do Brasil

Férias. Levar ou não seu pet junto?

Seja qual for a decisão, já existem sites que ajudam a encontrar o tipo de hospedagem adequada a seu animal doméstico e também dão dicas de roteiros adequados para desfrutar em companhia dele.

Um deles é o portal Turismo 4 Patas, dirigido pela turismóloga e auxiliar- técnica veterinária Larissa Rios. Ela o criou há cinco anos, logo após ter enfrentado dificuldades para viajar com sua Golden Retriever Cleo, hoje com seis anos. “No exterior já é um mercado bem desenvolvido. Há vários sites que divulgam roteiros para animais e hotéis em que este serviço é divulgado na sua home page”, comenta.

Hoje o site conta com uma lista de cerca de mil hotéis que aceitam pets em 17 Estados brasileiros. Segundo ela, a maioria é formada por pousadas ou hotéis fazenda, cujo espaço físico possibilita a hospedagem animal, mas spas e redes de categoria superior já estão aderindo. Mesmo sendo exceções, alguns até já oferecem serviços especializados para os pets, como kit dog hospedagem ou alguém para passear com o cão, tipo pet sitter.

“Normalmente o animal fica no quarto com o tutor. Poucos hotéis oferecem um canil, já que a maioria deles quer estar perto do animal”, diz Larissa.

Tendência

“É cada vez mais comum as pessoas viajarem com seus cães. Para algumas essa possibilidade é até fator de decisão na escolha do destino e do hotel. Mas poucos hotéis divulgam no seu site esse ponto, por temerem que possam afugentar hóspedes que não gostem de cães”, ressalta Larissa.

Segundo a diretora, São Paulo, Rio de Janeiro e Minas são os Estados que concentram os hotéis com esse tipo de hospedagem, como Socorro (SP) e Visconde de Mauá (RJ).

Para viajar com o animal, Larissa sugere buscar destinos cujo atrativo seja o contato com a natureza. “Trilhas e cachoeiras são os preferidos, porque o bichinho pode ficar solto e é o mais próximo do habitat natural”, explica.

Hospedagem implica diária, regras e restrições

Para hospedar o animal, alguns hotéis cobram diária ou taxa única, que varia entre R$ 20 e R$ 60, e estabelecem regras para a permanência dele. Entre elas, as mais comuns são a proibição de circulação do animal pelas áreas de piscina, restaurante e bar. Nas de circulação comum, somente com o uso da guia.

Outra exigência é não deixar o animal sozinho no quarto, se ele não estiver acostumado, para evitar a destruição de móveis ou latido em excesso que possa incomodar outros hóspedes. Sempre recolher as fezes do cão também está entre os requisitos básicos.

Segundo ela, a maioria aceita apenas cães de pequeno e médio portes, mas há opções para grandes também. “Estamos tentando combater esse preconceito, trabalhando na educação da rede hoteleira. Os empresários não têm conhecimento do mundo pet e, até por falta de informação, adotam esse tipo de restrição. Acreditam que o cão grande pode causar problemas e dificuldades. É necessário quebrar esse mito”, acrescenta.

Larissa ressalta que a receptividade do hotel pode ser avaliada pelo número de restrições estabelecidas, como exigir que o animal seja carregado no colo e no próprio atendimento a esse serviço.