Beijar seu cachorro talvez seja bom para a sua saúde, dizem pesquisadores

Nem todos os donos de cachorros beijam seus amigos caninos na boca, com medo de contaminações e até nojo. Mas cientistas da Universidade do Arizona acreditam que beijá-los pode fazer bem para a saúde do humano, já que micróbios escondidos em seus intestinos podem ter um efeito probiótico no corpo de seus proprietários.

Para descobrir se suas suspeitas são verdadeiras, os pesquisadores estão recrutando voluntários para participar de uma nova pesquisa. O estudo focará especificamente sobre o efeito que os cães têm sobre a saúde das pessoas idosas.

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Kim Kelly, uma estudante do doutorado de antropologia e uma das principais pesquisadoras, junto a outros pesquisadores da Universidade de San Diego, irá explorar se viver com um cachorro incentiva o crescimento de micro-organismos positivos no intestino humano. “O que essencialmente queremos saber é se o cão age como iogurte no efeito probiótico”, disse ela ao Daily Mail.

Alimentos como iogurte e suplementos podem ajudar a melhorar os probióticos no corpo. Ainda segundo o jornal, estudos anteriores já mostraram que os cães e seus donos acabam possuindo as mesmas bactérias no intestino ao longo do tempo. Além disso, outras pesquisas demonstraram que os cachorros reforçam o sistema imunológico das crianças, reduzindo o risco de doenças como asma e alergias.

Dr Charles Raison, um dos principais pesquisadores, disse: “Nós achamos que os cães podem funcionar como probióticos para melhorar a saúde das bactérias que vivem em nossos intestinos”. Segundo ele, estas bactérias são cada vez mais reconhecidas por desempenhar um papel essencial em nossa saúde física e mental, especialmente à medida que envelhecemos.

Os participantes da nova pesquisa terão que morar com um cachorro durante três meses. No início, os cientistas avaliarão as bactérias do intestino dos participantes humanos, suas dietas, atividades físicas e funções imunológicas. As bactérias e atividades físicas dos cães também serão avaliadas.

As avaliações serão realizadas após um, dois e três meses para descobrir se houve mudanças positivas na microflora intestinal dos cães e dos voluntários humanos. Os pesquisadores também vão procurar quaisquer alterações na saúde mental e bem-estar emocional dos cães e dos seres humanos.