Cachorro relaciona o cheiro da droga com brinquedo

Vida de cão policial não é para qualquer vira-latas. Ele precisa vasculhar casas, carros, malas e pessoas sempre que alguma coisa não “cheira bem”. Por isso, não basta ter apenas um focinho avantajado. É preciso ser o cão certo para o trabalho certo.

A seleção acontece quando os cachorros são filhotes. “Os mais ativos e curiosos ganham preferência, independentemente da raça”, diz o adestrador João Jorge Rosa Neto, especialista no treinamento de cães policais em Florianópolis.

A escolha também leva em conta a função do animal: vai depender se ele será usado para farejar drogas, localizar pessoas ou garantir a segurança.

Os treinamentos avançados começam depois de sete ou oito meses. É quando os cães, como Sam e Bruma, são treinados com brinquedos adaptados para a identificação de entorpecentes. “Eles relacionam o cheiro da droga ao brinquedo, mas não entram em contato com a substância”, diz o adestrador. Conforme João, um cão treinado pode ficar pronto para o trabalho em um ano. A “aposentadoria” normalmente chega aos sete anos, quando o animal já não tem mais a mesma disposição.