Está em dúvidas se deve castrar cachorro? Confira 6 argumentos que vão te ajudar a decidir!

Muitas pessoas ficam em dúvida na hora de decidir castrar ou não seu cão/cadela. Essa insegurança é bastante comum e totalmente compreensível, uma vez que todo procedimento cirúrgico envolve riscos, mesmo em animais saudáveis. Mas se compararmos o risco de uma cirurgia de castração preventiva aos riscos de um animal não castrado, com certeza a castração sai ganhando.

Há motivos suficientes para decidir pela castração preventiva. Para esclarecer isso, listamos abaixo 6 argumentos que vão fazer você entender melhor porque é aconselhável a castração.

1 – Infecção Uterina (PIOMETRA)

A piometra é uma grave infecção uterina que pode levar o animal a complicações severas podendo evoluir para óbito. Quando a cadela passa pelo período do cio, o organismo sofre várias alterações hormonais que “preparam” o útero para uma possível gestação. Essas mudanças podem favorecer a entrada e a proliferação intensa de bactérias no útero. Quando isso acontece, é desencadeada uma infecção grave cuja resolução, na maioria das vezes, se dá por meio de castração emergencial. Quando a castração é realizada em um animal diagnosticado com piometra, os riscos são grandes. Podem ocorrer complicações como, por exemplo, ruptura uterina e infecção generalizada. Os quadros de piometra, normalmente aparecem algumas semanas após o cio. A cadela poderá apresentar prostração intensa, vômitos, falta de apetite, aumento do volume abdominal e secreção vulvar, entretanto nem sempre todos esses sinais estarão presentes. A piometra é uma ocorrência grave e bastante comum em cadelas, portanto o ideal é a castração preventiva.

2 – Gravidez Psicológica (PSEUDOCIESE)

A pseudociese ou “gravidez psicológica” é uma disfunção muito comum que pode ocorrer em cadelas não castradas. Nesse quadro, a cadela apresenta alterações comportamentais e fisiológicas como se estivesse grávida. Algumas cadelas ficam mais agressivas e “fazem ninho”, as mamas começam a produzir leite mesmo sem ter ocorrido gravidez. Essa produção pode fazer com que a cadela desenvolva mastite, que é notada por endurecimento, dor, inchaço e secreção purulenta nas mamas.

Em casos mais simples, a administração de medicamentos inibidores de lactação serão suficientes. Mas em quadros clínicos mais complicados, podem ser necessários o uso de antibióticos e anti-inflamatórios. O prognóstico de casos de pseudociese normalmente é bom, com resultados satisfatórios após o tratamento. Entretanto, reincidências são esperadas em cadelas não castradas. Portanto, a melhor forma de prevenir a pseudociese é a castração.

3 – TVT: TUMOR VENÉREO TRANSMISSÍVEL

O TVT é uma neoplasia sexualmente transmissível em cães e cadelas. Nos animais doentes nota-se a presença de um tecido friável e sanguinolento no trato genital. Essa é uma ocorrência comum em cães de rua ou que tem livre acesso à rua. O diagnóstico deve ser realizado pelo médico veterinário que deverá estabelecer o protocolo de tratamento ideal, normalmente incluindo algumas sessões de quimioterapia. Quando realizado corretamente, o tratamento apresenta bons resultados.

4 – DOENÇAS PROSTÁTICAS

As alterações na próstata aparecem com frequência em cães de meia idade e idosos, dentre elas destaca-se a hiperplasia prostática benigna. Trata-se de um aumento da próstata que, apesar de benigno, pode promover complicações graves como dificuldade de urinar. O aumento prostático tem relação com estímulos hormonais e idade avançada. Por sua relação com a produção hormonal, o ideal é a castração.

5 – TUMORES MAMÁRIOS

Estudos comprovam a relação de desenvolvimento de tumores mamários com estímulo hormonal ovariano. Portanto, a castração diminui significativamente a possibilidade de desenvolvimento de tumores nas mamas. O ideal é que a castração seja realizada antes do primeiro cio, o que diminui ainda mais as chances de aparecimento de tumores de mama na fase adulta/senil.

6 – ALTERAÇÕES DE PELE E PELOS

Muitas cadelas durante o período de cio apresentam alterações cutâneas como infecções bacterianas e fúngicas. Isso é explicado pela grande variação hormonal que pode gerar oscilações na imunidade e favorecer infecções secundárias na pele. Portanto, se os problemas de pele estiverem associados aos períodos de cio, o ideal é a castração. Apesar dos esforços do tutor com shampoos e banhos terapêuticos para reestabelecer a saúde do animal, se a causa base for a variação hormonal, a castração será determinante para a melhora.