Gatos pintados alimentam polêmica entre internautas

Para uns, é uma arte que tem até efeitos benéficos para a saúde humana.
Para outros, lenda urbana movida a photoshop que ilude cada vez mais.

As estranhas e hilárias fotos de gatos pintados com cores e motivos variados circulam pela internet há algum tempo e ganham força à medida que o livro “Why Cats Paint” vende mais e mais exemplares.

Nele, fotos dos bichanos caracterizados como Charles Chaplin, como uma dançarina, um peixe e outros bichos vêm acompanhadas do aviso de que as tintas usadas não prejudicam a saúde do animal.

Custariam cada uma cerca de US$ 15 mil e durariam apenas 3 meses. Críticas favoráveis previam que o livro, lançado em 1994, seria capaz de render US$ 50 milhões entre amantes de gatos e amantes das artes.

Disseram até que a inusitada forma de arte poderia se tornar uma “nova religião” com raízes no Egito antigo, onde os felinos eram venerados como seres divinos (por proteger as colheitas da infestação de ratos e cobras). E que teria efeitos terapêuticos em mulheres vítimas de traumas psicológicos e homens incapazes de amar.

O livro já foi traduzido para vários idiomas (inclusive português) e tornou-se mesmo um best seller, com mais de 500 mil exemplares vendidos pelo mundo.

Mas, ao mesmo tempo, cresce o número de críticos que acham tudo isso uma grande baboseira ou, na pior das hipóteses, uma fraude descarada. Para muitos, as pinturas seriam obra de designers habilidosos no photoshop.

Seus argumentos: que gato teria paciência para se deixar pintar durante horas a fio? Como a tinta não sairia tão logo eles começassem a se lamber (a língua dos felinos é consideravelmente abrasiva)?

Se não criou uma nova religião, a pintura em gatos consegue divertir mesmo aqueles que não gostam muito nem de gatos, nem de obras de arte.