Chocolate pode provocar danos à saúde dos animais e até levar à morte

Quando falamos em Páscoa, ele logo vem à mente: o chocolate. Ao leite, meio amargo, branco… a variedade é enorme. E muitos donos de pets não resistem ao olhar meigo dos bichinhos e acabam dando um pouco do doce para eles. Mas o que muitos não sabem é que dar chocolate para cães e gatos pode provocar sérios danos à saúde e até levá-los à morte.

O que faz mal para os animais é uma substância presente na guloseima, a teobromina. Segundo Carla Berl, veterinária e diretora de uma rede de hospitais veterinários, chocolates mais escuros, puros e concentrados contêm níveis mais elevados de teobromina, o que os torna ainda mais perigosos para os bichinhos. “A dose tóxica para cães é em torno de 100 a 150 mg por quilo e a dose letal situa-se entre 250 e 500 mg por quilo. Gatos também podem ter problemas ao ingerir chocolate, mas eles não costumam se entusiasmar muito pelo doce”, explica.

A veterinária conta que os principais sintomas de intoxicação, tanto em cães quanto em gatos, são vômito, diarreia, náuseas, arritmias cardíacas, polidipsia e poliúria (que é quando o animal bebe água e urina mais do que o normal, respectivamente). Convulsão e hemorragia intestinal podem ocorrer em casos mais graves. Quando a teobromina é ingerida em grandes quantidades, segundo a veterinária, pode haver excitação e hipertensão moderada nos animais.

A veterinária afirma que raças de pequeno e médio porte são mais sensíveis e que animais jovens e filhotes costumam ingerir mais chocolate porque são curiosos e querem provar de tudo. “Os sintomas de intoxicação podem se iniciar em poucos minutos ou até mesmo no dia seguinte. Isso irá variar de acordo com a sensibilidade do animal”, afirma Carla Maion, nutricionista da mesma rede de hospitais.

“Não existe um antídoto para a intoxicação com teobromina e o tratamento deve ser realizado de acordo com o sintoma apresentado pelo pet. Se a ingestão for recente, até três horas, a indução ao vômito deve ser instituída, seguida de lavagem gástrica e hidratação”, explica a nutricionista. Ela conta que em casos mais graves, onde o animal pode apresentar convulsões, paradas cardiorrespiratórias e coma, é recomendada a internação.