Crianças e animais de estimação

petrede-menino-e-cachorroNo ano passado, meu filho de nove anos pediu no seu aniversário um cachorro. Ele já tinha essa vontade há muito tempo, pois todos os outros familiares possuem cães e gatos, somente nossa casa não. Porém, além do apartamento, irmão pequeno (agora com três anos), saímos bastante e sabemos o trabalho que teríamos pela frente.

Entre argumentos, promessas e discussões, buscamos o tão sonhado companheiro num canil de criadores no interior na semana do seu aniversário. Todos se surpreenderam com nossa atitude e voto de confiança nele, pois além de ceder, o escolhido foi um beagle macho.

Psicologicamente cheguei até a me preparar para a destruição em massa que assolaria meu lar, mas, claro que com lembretes diários e alguns sermões, ele cuida muito bem do cachorro, agora com 11 meses, que não chegou a dar perda total em nenhum bem da nossa casa.

Mesmo suas artes, roubar as meias, algumas vezes do pé do caçula, derrubar a árvore de Natal e o xixi em lugares nada agradáveis, são toleráveis perante ao bem que o animal traz ao nosso lar. A responsabilidade com sua alimentação, asseio, passeio, dar e receber carinho, curtir seus progressos, pois optamos por um adestrador para discipliná-lo, são momentos em família que curtimos bastante.

É claro que sem intervenção, insistência e até broncas, o cãozinho não teria durado seis meses em casa, mas sabiamente, minha única condição foi que ele jamais seria doado depois que entrasse em nossa casa, e essa consciência deve ser o requisito básico quando se toma uma decisão que envolve outras vidas.

Autor: Michelle Maneira
Fonte: Vila Mulher