Férias com os animais

Com o fim de ano se aproximando, é hora de fazer as malas e desfrutar do merecido descanso. Mas o que fazer com os animais de estimação? O bicharada preparou uma série de dicas. Confira e saiba o que é melhor para você e para seu companheiro.

Transporte
Viagens longas podem causar estresse aos animais, por isso alguns cuidados são essenciais.

De carro: Se seu animal não está acostumado a andar de carro, a dica é apresentar o veículo para ele. Dê algumas voltinhas alguns dias antes da viagem. Os animais deverão ser acomodados no banco de trás, com fluxo de ar e temperatura adequada. Não deixe que o animal coloque a cabeça para fora do carro – além de perigoso para ele, o condutor do veículo poderá ser multado caso tenha fiscalização na estrada. Existem hoje no mercado três produtos indispensáveis para uma viagem com animais: você pode escolher entre cinto de segurança próprio para cães, caixinha de transporte, ideais para gatos, ou ainda grades de proteção.

De ônibus: a companhia rodoviária deverá ser consultada com antecedência, já que cada empresa tem a sua regra. Em geral, as empresas aceitam apenas animais de pequeno porte e que estejam em caixas de transporte.

De avião: Para viagens nacionais, o Ministério da Agricultura exige atestado de vacinação e de saúde emitidos por um médico veterinário. Para viagens internacionais é necessário que seja solicitado ao Ministério da Agricultura o Certificado Zoo-Sanitário Internacional. Consulte o Consulado do país de destino para verificar quais as exigências para a entrada do animal. Os animais deverão ser transportados em caixas de transportes, que lhes permitam espaço suficiente para que consigam se levantar e se virar. Algumas companhias aéreas permitem que animais de pequeno porte viagem junto com os passageiros. Consulte a empresa para verificar quais as dimensões e tipos de caixas de transporte, se há necessidade de sedação e reserva de número de animais por vôo. Não esqueça de levar o bichinho ao veterinário para verificar se sua saúde está em ordem. Além disso, é importante que o animal se sinta bem e confortável na caixa de transporte. Faça a adaptação dois dias antes da viagem: coloque um brinquedo ou petiscos dentro da caixa e tente fazê-lo dormir ali por no mínimo duas noites, isso ajudará a diminuir o estresse durante a viagem.

Alimentação
O ideal é que os animais estejam em jejum de água e comida de no mínimo duas horas antes da viagem. Isso evita que ele passe mal durante o percurso. Forneça nas paradas um mínimo de água (só para molhar a boca), apenas para refrescar se estiver muito calor.

Antes da viagem
Faça com que o bichinho faça xixi antes de sair de casa, pois dificilmente ele fará durante a viagem. Tempo prolongado sem urinar pode causar infecções urinárias e obstrução de uretra.

Paradas
Em viagens longas e quentes, faça paradas a cada três horas para que o animal beba água. Urine e estique as patas. Pare o carro sempre na sombra, deixe as janelas abertas o suficiente para ventilar sem que o cão consiga escapar. Durante uma viagem, os gatos não devem sair da caixa de transporte, pois, se estiverem estressados com o movimento, barulhos e novas situações, eles podem fugir.

Gatos
Caso o gato recuse água devido ao estresse, dê a ele o caldinho de uma ração úmida (latinha) ou semi-úmida (sachê).

Medicação
Consulte um médico veterinário para indicação de medicamentos caso o animal sofra de enjôo, estresse ou excitação. Alguns medicamentos podem diminuir esses sintomas.

Doenças
Consulte o médico veterinário para verificar a vermifugação do animal. A Dilofilariose ou verme do coração, uma doença parasitária dos cães, mas que também pode afetar os gatos, é frequente em locais como praias e sítios.

Se ele fica e você vai…

Hospedagem
Os animais podem ser deixados em hotéis para cachorros, em parentes próximos ou mesmo na própria casa, quando há alguém para cuidá-los. A escolha do lugar dependerá do animal e do proprietário. Hotelzinho é uma boa opção para animais sociáveis e de fácil adaptação. Quando alojados em hotéis, é importante que o proprietário conheça o local e as atividades realizadas para exercitar e distrair o pet. Quando são deixados em casa de parentes ou mesmo na própria casa é mais difícil se sentirem deprimidos. Caso fiquem em casa sozinhos é necessário que o responsável pela comida e água dê um pouquinho de atenção para que o pet não se sinta tão solitário. Além disso, brinquedos também ajudam. Normalmente, em cães, é difícil ocorrer alguma coisa mais grave. O mais comum é a perda de peso devido à má ingestão dos alimentos. Os gatos, no entanto, podem desenvolver a Lipidose Hepática, que ocorre, muitas vezes, após situação de estresse – e pode ser fatal.

Alimentação segura
Para que o animal sofra menos com a mudança de rotina inclua petiscos na alimentação diária. Para os animais que ficam hospedados em hotéis, é muito importante que o proprietário deixe a ração a que o pet está acostumado, para evitar transtornos gastrointestinais.

Não o deixe sozinho
Não deixe o seu pet sozinho em casa sem nenhum cuidado. A água e a alimentação em “estoque” não são garantias de que não haverá falta de suprimentos para o animal. Deixá-lo por muito tempo sozinho também pode aumentar o estresse que já esta sendo causado pela ausência do dono e pela mudança na rotina. Também não vale abandonar o pobre do bichinho que não tem culpa se o hotel não aceita animais. Abandono é crime, e a pena é a detenção de três meses a um ano e multa.