Super bactérias também podem afetar animais de estimação

Especializado no atendimento de pequenos animais, o Hospital Veterinário Pet Care faz um alerta em relação à discussão sobre o desenvolvimento de bactérias resistentes: o risco pode estar presente também entre os animais de estimação. “Infelizmente, o problema é frequente no universo veterinário”, diz a diretora do hospital, Carla Alice Berl. De acordo com a profissional, a questão quase sempre está ligada à interrupção do tratamento antes do prazo estabelecido pelo veterinário, à dificuldade em se administrar as doses corretas e ainda à medicação sem a orientação do especialista.

cachorro-doente-tratamento-doenca-enfermo-petrede

Quando medicados corretamente, os cães e gatos com infecções apresentam melhora significativa dos sintomas, mas isso não significa que infecção bacteriana foi sanada. Com esta aparente melhora do animal, o proprietário decide parar o tratamento. “Neste momento em que estamos quase ganhando a briga contra a bactéria o medicamento para de ser administrado. A bactéria que ainda não foi erradicada totalmente pode se recompor e se tornar resistente à medicação”.

Outra questão é acertar as doses e os horários da medicação. “Às vezes pela dificuldade em medicar o animal, o dono não consegue fornecer a dosagem recomendada ou seguir os intervalos estipulados pelo veterinário”, lembra. Para Carla cabe aos veterinários o papel de conscientizar os proprietários de animais sobre a responsabilidade da administração de antibiótico. “Devemos indicar o melhor produto para facilitar a medicação, seja oral – em forma de comprimido ou solução tipo xarope – ou injetável e ainda reforçar que o tratamento não pode ser interrompido para não sermos responsáveis por este grande problema mundial”, acredita.

Para ajudar os proprietários, o Hospital Veterinário Pet Care indica o tempo mínimo de tratamento das principais doenças bacterianas:

· Infecções bacterianas de pele e ouvidos: As otites e piodermites em animais de estimação devem ser tratadas no mínimo 15 dias com antibiótico, podendo se estender durante meses até que o veterinário detecte a erradicação da bactéria;

· Infecções de trato urinário: Para as cistites e pilonefrites recomenda-se um tratamento mínimo de 21 dias com antibiótico, assim como nas mordeduras e feridas sépticas, podendo se estender meses de tratamento.

· Para infecções ósseas: Nas osteomielites, a antibioticoterapia é realizada por tempo indeterminado até haver completa resolução diagnosticada por radiografia.

A realização de exames de cultura bacteriana antes da medicação e durante o tratamento também são importantes para a eficácia do tratamento. “É preciso realizar um antibiograma para identificar qual é a bactéria e a qual antibiótico ela é susceptível”, finaliza Carla.

Serviço
Hospital Veterinário Pet Care – 24h
Avenida Giovanni Gronchi, 3001 – Morumbi – São Paulo/SP
(11) 3743-2142
www.petcare.com.br