Donos de primeira viagem devem mudar hábitos ao adotar cão ou gato

A decisão de levar um animal de estimação para casa vai além de se decidir sobre sexo, porte ou raça do novo mascote. Antes de recebê-lo em casa, é preciso tomar alguns cuidados e até mudar hábitos.

O primeiro deles, orienta a veterinária Adriana Oliveira Reis, é livrar a casa de qualquer veneno “caseiro”, como os que combatem ratos, baratas ou formigas. O dono “de primeira viagem” também precisa verificar se as plantas ornamentais da casa são tóxicas ou não, pois elas podem matar.

“Filhotes são muito curiosos. Tudo para eles é novidade”, diz a veterinária Giuliana Tessari, da Pet Center Marginal. “Um filhote vê um fio elétrico e vai querer brincar. E muita gente costuma deixar o carregador de celular ligado direto na tomada, por exemplo. É um risco. Já se o novo animal for um adulto, ele vai ver o fio e provavelmente não vai ligar tanto”, completa Giuliana, que sugere ainda colocar rede de proteção nas janelas, principalmente no caso de gatos.

Depois de preparar a casa para a chegada do novo morador, é hora de montar o enxoval, seja para filhote ou adulto. Ração adequada, vasilhas e uma caminha para dormir estão entre os itens essenciais. Para a gerente de marketing Suemi Fucato, de 43 anos, este foi um dos preparativos mais divertidos e mais caros também.

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“Logo que adotei, comprei tigelinhas, ração, caminha e mantinha. Gastei acho que uns R$ 250 de uma vez”, relembra a dona dos gatos Ozzy e Greta, que não têm raça definida mas ganharam, há cerca de um ano, um lar e dona dedicada.

Nos preparativos para adoção, Suemi também começou a ler livros e blogs sobre gatos. “Eu queria estar preparada e saber o tamanho da ‘encrenca’ que me esperava”, conta, aos risos. Foi graças a essa busca por informação que ela se livrou da planta ornamental que tinha em casa. “Não sei se era venenosa ou não, mas não quis arriscar.”

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Primeiras noites
Quem leva um filhotinho de cachorro para casa precisa se preparar para o choro das primeiras noites de casa nova. A veterinária Giuliana sugere pegar uma camisa usada pelo dono e colocar na caminha dele para que o filhote não se sinta tão só. “Não tem jeito, na primeira noite ele vai chorar mesmo porque estava acostumado à companhia dos irmãos ou da mãe. Já gatos não têm esse problema”.

Para tornar a noite mais confortável, Giuliana também sugere encher uma garrafa plástica com água morna e colocá-la dentro da camisa. “Só precisa ter cuidado com a temperatura, que deve ser de, mais ou menos, 38º C. A água não pode estar muito quente”, alerta.

Por mais que o primeiro impulso seja ir para perto do filhote logo que ele começar a choramingar ou levá-lo para dormir na cama com o dono, a veterinária Giuliana orienta que isso só deve ser feito se for se tornar uma rotina.

Saúde
Receber o bichinho com comida, água e carinho não é essencial, mas não é suficiente, de acordo com a veterinária Adriana Oliveira Reis. Cuidar da saúde do cão ou do gato é imprescindível para garantir o bem-estar. Entre as orientações da profissional está uma visita ao veterinário para os primeiros cuidados médicos, como vermifugação e vacinas.

“O animal precisa ter o acompanhamento do veterinário porque as vacinas não são dadas de uma vez”, esclarece Adriana, que ainda sugere a castração. “Cachorros e gatos vivem por muitos anos, e é preciso cuidar do bem-estar deles durante toda a vida.”