Resende registra caso de leishmaniose canina

Há cerca de um mês, a prefeitura notificou órgãos estaduais sobre a suspeita de um cachorro doente. O sangue coletado foi enviado à Fiocruz, e o exame confirmou a doença. Até o momento, esse foi o único caso registrado em Resende.

Nesta semana, técnicos da Fiocruz estão colhendo o sangue de animais em torno do local onde morava o cachorro doente, no bairro Jardim Brasília, para identificar se outros cães apresentam a doença. Já foram colhidas cerca de 130 amostras.

Monitoramento
Na próxima semana, técnicos da Secretaria Estadual voltarão ao município para fazer o monitoramento do vetor, conhecido como “mosquito palha”, que vive em ambientes escuros e úmidos.

Segundo o coordenador do Centro de Controle de Zoonoses de Resende, o veterinário Rafael Resende Carvalho, serão montadas armadilhas para capturar o mosquito.

O veterinário ressalta que o mosquito vive escondido em material orgânico, como folhas e lixo. Por isso, a população deve manter os quintais sempre limpos, evitando o acúmulo de lixo, e a grama e o mato sempre cortados. Os donos de animais podem ainda usar uma coleira repelente nos cachorros.

Diagnóstico
Os animais acometidos pela doença apresentam sinais como apatia, falta de apetite, emagrecimento, perda de pelos, lesões na pele e crescimento desordenado das unhas. No entanto, Rafael afirma que os sintomas são semelhantes aos de outras doenças, o que pode prejudicar o diagnóstico.

Transmissão
O contágio ocorre pela picada do mosquito infectado. A transmissão só acontece por meio da picada do inseto, ou seja, os animais não transmitem a doença pela lambida, mordida ou contato. Os veterinários devem notificar a prefeitura sempre que for identificado um caso de leishmaniose.