Bichos de estimação mortos viram diamantes no Japão

A tendência não começou no Japão, mas é lá que está ganhando mais adeptos: os donos de bichos de estimação estão optando por preservar as cinzas de seus animais em forma de joias. As pedras e diamantes são usados em colares, braceletes e até brincos numa tentativa de preservar a memória do bichano querido.

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Aberta em outubro, a empresa L-Born é especialista em criar colares, braceletes e molduras de fotos com diamantes e contas coloridas que levam uma mistura das cinzas do animal. Para quem olha, trata-se de um colar tradicional, muito parecido com outros à venda em lojas, mas para os donos, esses acessórios têm um significado especial.

O novo serviço reflete a tendência cada vez maior entre os japoneses de dedicar sua afeição a animais, que acabam muitas vezes substituindo relacionamentos pessoais. A indústria para animais de estimação é um dos setores que mais tem crescido no país, alinhada diretamente com uma população cada vez mais envelhecida.

Segundo o Instituto de Comida para Animais do Japão, há cerca de 26,84 milhões de bichos de estimação em lares japoneses – um aumento de mais de 1,3 milhão desde a última sondagem, em 2008. O mesmo estudo, competado em abril, mostrou que mais de 30% dos cães e gatos tinham mais de 10 anos, o que os colocaria na categoria “terceira idade” entre animais.

O segmento oferece desde aulas de ioga para cães até cafés em que donos e cães encontram um espaço para brincar e fazer uma pausa durante o dia.

Para a empresária Akemi Imai, criadora da L-Born, a “metamorfose” de cinzas para joias nasceu de uma “necessidade” desse mercado. “Minha amiga me deu a ideia de misturar as cinzas dos animais com joias depois que o cão dela morreu”, contou à revista japonesa “Metro”.

Akemi vem de uma família cujo negócio era a produção de cerâmica. “As pessoas amam seus animais e por isso decidi desenhar uma linha especial de joias que poderia conter as cinzas após sua morte”.

Para os donos, basta entregar as cinzas de seu animal à empresa, que os ceramistas fazem a mistura e levam ao forno para criar as pedras que mais tarde vão adornar colares, braceletes e até luminárias.

Fonte: Época Negócios