Cães e gatos também podem ter doenças cardíacas

Quem possui animal de estimação, geralmente, o leva ao veterinário quando surgem doenças de pele, como pulgas, carrapatos e alergias

Porém, uma das enfermidades, que exige muita atenção e poucos donos sabem, é a cardíaca, já que cães e gatos também são propensos a desenvolverem doenças do coração.

Segundo Andressa Cris Felisbino, veterinária da DrogaVET – empresa pioneira no ramo e a maior rede de farmácias de manipulação veterinária no Brasil – dentre as principais enfermidades cardíacas nos animais, está a cardiomiopatia dilatada, que acomete cachorros de grande porte, por exemplo. “Essa doença causa o enfraquecimento da contração dos músculos cardíacos. Raças como Boxer, Dogue Alemão e São Bernardo são as mais propensas a desenvolverem esse tipo de enfraquecimento”, explica a veterinária.

Por outro lado, a profissional explica que os bichinhos menores podem sofrer de Doença Valvular Crônica, que é a alteração primária do endocárdio (tecido que reveste as cavidades cardíacas) geralmente associada a fatores genéticos. Essa alteração é a causa da insuficiência cardíaca, que pode gerar assim intolerância a atividades físicas e edema pulmonar (retenção de líquido no pulmão). E também podem sofrer de Endocardiose de Mitral, doença relacionada ao envelhecimento da válvula mitral ou válvula cardíaca.

O diagnóstico dessas doenças cardiovasculares é feito por um exame físico completo. Caso julgue necessário, o veterinário pode fazer radiografias, análises do sangue e eletrocardiogramas. Após diagnosticada, o tratamento da enfermidade é contínuo e por meio de medicamentos. Podem ser medicamentos que aumentem a força do coração, que facilitem seu trabalho ou que melhorem o volume do sangue bombeado.

Os bichos podem começar a ter cardiopatias por volta dos 9 anos, porém a doença pode surgir antes. Com exceção das doenças cardíacas congênitas, existem iniciativas que devem ser feitas para prevenir que o pet desenvolva essas enfermidades. “As enfermidades cardíacas podem ser prevenidas desde quando o animal é filhote. Uma alimentação equilibrada e de qualidade é primordial, assim como levá-lo para praticar exercícios físicos com frequência”, informa a Andressa Felisbino.

A veterinária informa também que os gatos têm tendência de desenvolver a Cardiomiopatia Hipertrófica, que é um espaçamento da parede dos ventrículos, e, geralmente, acomete animais a partir dos 5 anos de idade. “O principal sintoma dessa cardiomiopatia é a falta de coordenação das patas traseiras e representação de dor. O método de cura indicado não é diferente dos outros tipos de tratamentos para cardiomiopatias. A doença pode ser controlada com medicamentos, dietas e atividades diversificadas. O tipo de tratamento pode depender das condições do animal e complicações encontradas” aponta a profissional.

Além disso, existem também as doenças cardiopáticas congênitas, ou seja, aquelas quando o animal já desenvolve na barriga da mãe. “Os sintomas podem ser tosse, crescimento lento e língua roxa. Caso qualquer um deles seja detectado, o procedimento a ser feito é consultar um veterinário para realizar exames e identificar o tipo da doença congênita a ser descoberta”, complementa Andressa.

Ainda sobre os tipos de doenças, a veterinária informa que é primordial destacar as parasitoses cardíacas. “Nesses casos, um verme, transmitido por meio de picadas de mosquitos como Aedes e Culex, se aloja no coração do pet. Por essa razão, é mais comum em animais que vivem próximos a regiões litorâneas”, aponta.

Um dos desafios e grande problema das doenças cardíacas em bichinhos é quando e como identificá-las. Andressa Felisbino cita quais são os sinais mais importantes e perceptíveis ao dono de que há algo de errado e que é hora de levá-lo ao veterinário:

1) Mudança no comportamento do animal. Para isso, é necessário estar sempre atento como o pet está. Pode parecer difícil, mas não é. “O dono deve fazer alguma brincadeira cuja reação do animal seja previsível e notar se houve alguma diferença\”, diz a veterinária. Por exemplo, o animal era muito energético e começa a ficar deitado e indisposto com frequência, pode ser um sinal.

2) Tosse e alteração na respiração. Quando um animal muda o padrão da respiração, o dono deve ficar alerta. Afinal, um dos principais males das doenças cardíacas é causar a dificuldade em respirar.

3) Falta de apetite e, consequentemente, perda de peso. Andressa explica que esses não são sinais exclusivos da doença cardíaca, porém, se observados junto com outros sintomas listados acima, podem indicar problemas no coração. De qualquer forma, pode indicar outras enfermidades preocupantes e o dono deve levar o bichinho rapidamente para atendimento profissional.

4) Ganho de peso. Trata-se, geralmente de um ganho falso de peso. “A insuficiência cardíaca pode levar a retenção de líquido, assim o animal acaba ficando com a barriga maior”, informa a profissional. Portanto, é importante observar se o pet engordou, por falta de exercício físico, por exemplo, ou se o ganho de massa está concentrada na região abdominal.

5) Inquietação e isolamento. Se o animal não costuma latir, miar ou chorar durante a noite e muda esses hábitos repentinamente, pode ser um sinal de doença do coração. Caso o pet prefira ficar isolado, uma vez que adorava companhia, é bom procurar um veterinário.

Todos os sinais variam e, para serem notados, é necessário que o dono conheça seu animal muito bem. “Por essa razão, qualquer mudança no temperamento do animal, por mais singela que pareça ser, merece atenção. O recomendado é levar o bichinho às consultas veterinárias e fazer um check up com frequência”, completa a veterinária. Se algo for identificado, deve se dar início ao processo terapêutico.

Para não fazer da hora da medicação um momento ruim para o animal, a profissional recomenda que o dono busque alternativas agradáveis ao paladar do bichinho, disponíveis no mercado pet. “A DrogaVET, por exemplo, disponibiliza biscoitos medicamentosos, com diversos sabores, tanto para cães como para gatos. Além disso, produz o pill pocket (uma guloseima comestível, que forma um recipiente propício para locar comprimido, drágea ou cápsula)”, ressalta Andressa Felisbino. Desta forma, o remédio é aplicado e o animal ingere sem nem perceber, acreditando ser um petisco.

“O melhor método de prevenção ainda é a visita a um profissional. Apenas no caso da prevenção de doenças cardíacas causadas por vermes, o indicado é medicar o animal antes de ir à praia, represas e lagos, pois são áreas bastante propensas à transmissão de doenças”, finaliza.

Ao longo da idade, a visita ao veterinário se torna cada vez mais importante. Sendo seu cão ou gato idoso ou não, é bom sempre pedir um exame de sangue e também da atividade cardíaca.

Sobre a DrogaVET
Foi em busca de soluções no segmento de manipulação veterinária, respeitando integralmente todos os princípios éticos que regem a produção de medicamentos e a sua aplicabilidade aos animais que, em 2004, surgiu a DrogaVET. Criada pela farmacêutica Sandra Schuster, a empresa é pioneira no ramo e a maior rede de farmácias de manipulação veterinária no Brasil, especializada em produzir e oferecer produtos com inovação e qualidade, atuando na prevenção, tratamento e prolongamento da vida dos animais.