Joalheiros lusos lançam acessórios de luxo para animais

Coleiras com diamantes, bolas de Natal em prata maciça, malas em pele de piton e com pedras preciosas são o mercado da Mumadona, a empresa que reuniu 25 joalheiros e está conquistando os milionários.

“Vendemos aquele que foi considerado o melhor produto presente na Feira do Luxo de Vicenza, na Itália”, disse César Fernandes, o representante da marca Mumadona Hand Made Jewels, uma marca criada por joalheiros de Guimarães “para vender luxo”.

Uma mala “de passeio” para um cachorro de pequeno porte, feita em pele de piton, com incrustações em ouro e diamantes foi vendida por 50 mil euros.

Na volta da feira, os empresários de ourivesaria já trazem novas encomendas. Até o estande da empresa portuguesa foi vendido.

Criada há cinco meses, a Mumadona já vendeu artigos para Beverly Hills, Miami, Dubai e para alguns países árabes.

“Já entregamos a uma condessa francesa a encomenda personalizada de duas taças em prata maciça, uma para sólidos e outra para líquidos, destinadas a servir a alimentação a um animal de estimação”, disse César Fernandes.

Para um país árabe, foram enviadas as bolas em prata para as decorações natalinas. Tudo a preços “justos, mas elevados”, disse o representante da Mumadona.

Mercado
“Perante a crise, tínhamos duas soluções, ou ficávamos sentados à espera que a crise passasse ou íamos à luta”, ressaltou César Fernandes.

A feira italiana foi o palco para a apresentação da coleção MumaPets, de acessórios para animais.

Malas de viagem em pele, escovas com metais preciosos, coleiras elaboradas por designers, taças para a alimentação e um vasto leque de objetos, compõem a coleção dedicada aos animais de estimação.

“As coleiras são as mais procuradas, desde a mais simples, feita em pele de piton e com cinco peças de prata maciça que custar cerca de 25 mil euros até as que têm diamantes incrustados e podem chegar aos 300 mil euros”, disse.

Com o mercado alvo localizado no Brasil, Rússia, Índia e Chile, os fabricantes de joias associaram-se a empresas privadas nos países para onde exportam.

Estratégia
Apostando na “modernidade”, os fabricantes se aliaram a designers de joias para conceber peças únicas.

O interesse em associar a cidade de Guimarães, que é patrimônio mundial, à “modernidade de peças únicas e artesanais”, pesou na escolha do nome da nova marca.

A Condessa de Mumadona foi quem mandou construir o Castelo de Guimarães, o local onde teria vivido D. Afonso Henriques, o primeiro rei de Portugal e o fundador do país.

Uma recriação da Condessa de Mumadona, com dois sapos transformados em mordomos e vários porcos “que simbolizavam todos os animais do mundo”, já tem compradores.

“O mercado do luxo e dos colecionadores não está em crise e a prova é que, tudo o que fazemos, vendemos e ainda elaboramos muitas peças por encomenda”, afirmou César Fernandes.